segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Jogado nas areias do deserto


Meu corpo implora por calor,o frio é congelante,
O vento me impede de seguir,de procurar algo que me sacie,
Sigo fraco,procurando seu rastro nas areias do deserto,
Nessa noite sublime,nesse ar venenoso...

Eu grito para os céus,para a lua,
E rastejo pelo deserto,
Perpetuo nessa luta dolorosa,nesse ritmo sufocante,
E não desisto,luto contra os ventos torturantes.

A noite me abraça nesse silêncio profundo,
A lua me dá forças,dá brilho aos meus olhos,
As areias me engolem,na sua imensidão angustiante,
O frio congela meu pensamento,nesse ilusório calmante.

Estou sem proteção,sem sombras que me cubram,
Estou sem vida,apenas com a vontade de seguir seu caminho,
Estou perdido em minhas esperanças,enganado pelo luar,
Estou jogado no deserto,sob a areia,e por lá vou me enterrar...

Preso na escuridão


O frio congela minha alma,
Estou preso ao silêncio da escuridão,
Chove sobre meu corpo
Deitado,jogado ao chão.
Um gosto amargo domina em minha boca,
Um cheiro forte me acalma,
Risos maléficos soam sobre o vento,
Vultos passeiam ao meu lado,
Passos e bater de asas me apavoram,
Estou num lugar sinistro,obscuro,
Lágrimas queimam meus olhos fechados,
Não respiro,
Meu corpo dói cada vez mais,
Meu sangue parece secar dentro de mim,
É anormal,surreal,é terrível...
Sobrenatural,
Estou largado em um terrífico cemitério,
Estou preso no inferno do meu corpo...