domingo, 22 de junho de 2014

Meu eu não se resume


Minha vida não se resume às regras
Às imposições
Aos caminhos tracejados e delimitados
Às grades da mente
Aos obstáculos do pensamento...

Minha existência não se resume ao já descrito...
Minha alma não se resume,
Minha vida se estende ao máximo que meu pensamento e perspectiva conseguem alcançar...
Desregrado, livre, alucinado, embriagado, sóbrio...

Meu pensamento revoluteia pelo céu, espaço e universo
Pelas entrelinhas, lacunas e desejos
Pelos momentos, fantasias e sensações
E degusta cada segundo do indecifrável, indescritível, exorbitante, surpreendente
De uma vida que não se distingue e não obedece a linearidade das respostas
Apenas se perde cada vez mais na infinidade de perguntas que se jogam nas palavras de cada um...

Meu corpo não se resume
Meus porquês não têm respostas
Minha vida é vivida sem ser entendida, apenas é vivida
Num convergir de reflexões, concepções, distorções, amores, fascínios e loucuras
Num divergir entre realidade e sonho, razão e a própria razão, amor e o próprio amor

Meu tudo e meu nada não se resumem
Minha vida é constituída de um agregar e desagregar de ideia complexas
Preso e liberto numa paixão idealizada, vivida no brilho das estrelas
Toda noite, cada dia, cada segundo
Mergulhado em cada olhar perdido na imensidão de um tudo vazio,

De um nada repleto de beleza...